Saudades, Ayrton Senna


Neste dia 21 de Março de 2010, se estivesse vivo, Ayrton Senna estaria completando 50 anos. Ídolo no Brasil e em muitos outros países, o tricampeão de Fórmula 1 - 1988, 1990 e 1991 - pilotava o carro da Willians quando morreu, aos 34 anos, em um trágico acidente enquanto liderava o G.P. de San Marino, no circuito de Ímola, na Itália, no dia 1 de Maio de 1994.
Quem gosta de automobilismo e, principalmente, de Fórmula 1 e que tinha o piloto como ídolo do desporto, jamais esquecerá as cenas daquele trágico dia. Eu sou uma dessas pessoas.


Acompanhei tudo e me lembro de cada detalhe como se fosse hoje. No dia seguinte à morte do piloto, lembro que havia um clima diferente nas ruas do Rio de Janeiro, um silêncio e uma tristeza profunda pairavam no ar, era como se estivéssemos anestesiados pela notícia, ainda não acreditando no que havia ocorrido naquele domingo.

Ayrton Senna, o Rei das pistas molhadas, conquistou 41 vitórias e fez 65 poles positions em 163 corridas. No Brasil, uma legião de fãs ficou órfã após a sua morte e muitos disseram que jamais voltariam a assistir a Fórmula 1 e que as manhãs de domingo nunca mais seriam as mesmas sem a participação de Senna nas corridas. No entanto, a vida seguiu seu rumo, outros brasileiros foram chegando e voltamos a ficar em frente a televisão para mais uma vez torcermos por eles.

No entanto, não me lembro somente de sua morte, faço questão de me recordar dos momentos de alegria em frente a televisão após cada vitória e de acordar de madrugada para ver as corridas no Japão e na Austrália. Duas destas estão mais presentes em minha memória: a primeira, em 1985, com o carro da Lotus - aquele carro preto, lindo -,durante o G.P. de Portugal, no circuito do Estoril.
Debaixo de muita chuva, Senna largou na pole position e conquistou a sua primeira vitória após ter estreado na Fórmula 1, em 1984. A outra vitória, essa ainda mais emocionante, ocorreu no G.P. do Brasil, no circuito de Interlagos, em São Paulo, em 1993. No final da prova, a torcida brasileira completamente extasiada invadiu a pista, retirou Senna do carro e o ergueu nos braços.
E como ele estava feliz com sua segunda vitória no Brasil! No pódio, ele mal conseguia segurar o troféu, já que tinha feito muito esforço físico durante a prova e estava cansado. Imagens inesquecíveis.

Ao longo de sua carreira, Senna foi um desportista determinado, obstinado, perseverante, cheio de fé e que se dedicou de corpo e alma ao que ele mais gostava de fazer: pilotar um carro de Fórmula 1. Acredito que esse é o legado que ele nos deixou. Afinal, como disse certa vez: "O impossível não existe quando se acredita nos sonhos."

Saudades eternas.

2 comments

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Ramiro
admin
21 de março de 2010 às 23:22 ×

Sem duvuda que Ayrton Senna era e será para sempre o maior piloto de F1 de todos os tempos.
Eu, por exemplo perdi a vontade de ver as corridas de F1 após a sua morte.
Ele, para quem gosta desta modalidade será eterno...

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Zé Figueiredo
admin
23 de março de 2010 às 00:27 ×

Fui também um dos admiradores do Ayrton Senna, não deixei de ver a Fórmula 1, mas fiquei com muita pena pelo o que aconteceu, até porque vi o acidente directamente na TV. Hoje recordo-o sempre que vejo a Fórmula 1, só fiquei surpreendido que aconteceu há 16 anos, parecia-me que foi mais recente. Obrigado à Márcia por o recordar

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