O INFERNO DESCEU À
TERRA E PASSOU EM PARDIEIROS
Noite de domingo para segunda-feira, por volta das 2:00 da
manhã suou o alarme. A população de Pardieiros é informada que o fogo vinha na
sua direção.
Por volta das 3:00 da manhã, o fogo entrava em Pardieiros, e
avançava com muita velocidade do lado direito e do lado esquerdo da Aldeia,
queimando tudo. A floresta de um dos lados de Pardieiros partilha com as casas e
a preocupação dos habitantes era muita. Começava o alvoroço, ouviam-se gritos,
a aflição era enorme, enquanto as chamas passavam com uma dimensão que não há
palavras nem imagens que consigam descrever o que se estava a passar.
Ninguém podia socorrer ninguém, a preocupação de cada um era
salvar os seus próprios bens.
Todos com mangueira na mão, a apagar os focos de incêndio
que iam acendendo em volta de suas casas, as fonas de fogo eram aos milhares
trazidas pelo vento, onde pousavam deva-se mais um inicio de um fogo.
O fogo passa a reta da Rua Miguel Bombarda e acalma. Sem
avaliar os estragos, e depois de se verificar que todos os vizinhos
estavam bem, começa nova aflição. Precisava-se saber também se quem optou por
sair da aldeia e refugiar-se em aldeias vizinhas estava bem. Os telemóveis não
param, mas a rede móvel começa a falhar e a preocupação aumenta mais uma vez.
Alguns populares ao deslocarem-se para o centro da aldeia, a cada passo, surgiam
mais focos de incendio.
No centro da Aldeia, depara-se com a primeira casa de
primeira habitação toda em chamas. A preocupação é verificar se estava lá
alguém, felizmente não. Surgem mais habitantes e começam a tirar os bens das
casas ao lado. Uns metros depois e o cenário era desolador. Varias casas do
centro da Aldeia de Pardieiros estavam a arder (AS PESSOAS PÕEM MÃOS À CABEÇA E
PENSAM “O QUE É ISTO! O QUE ESTA ACONTECER? ESTAMOS NO MEIO DE UM INFERNO DE
CHAMAS”) mais populares se juntam e começam o percurso em todas as ruas para
saber se toda a população estava a salvo. Mais duas casas de primeira habitação
estavam a arder na Rua do Cortinhal. Tudo ardia em redor e o fumo era
muito, vários focos iam aparecendo, muita aflição nas horas seguintes em
qualquer das ruas de Pardieiros, uns a salvar a sua casa, seus bens, outros
aflitos para chegarem aos seus animais que se encontravam nas fazendas. Um caos
até ao amanhecer, o rastro de destruição que tinha passado pela aldeia era
imenso.
Tudo queimado. O desanimo e o cansaço da população que tinha
combatido o fogo durante toda a noite estava estampado em cada rosto.
Durante o dia e noite seguinte, mais umas casas arderam, a
população uniu esforços evitando mal maior, usando pulverizadores nos tratores,
populares com baldes, etc. Quando tudo parecia terminado, na terça-feira à
tarde mais duas casas começam a arder, tendo mesmo que a corporação de
bombeiros voluntários de Cabanas de Viriato colocar um carro de bombeiros de
piquete mais de 24 horas em Pardieiros.
Estes dias ficarão na historia dos habitantes da aldeia de
Pardieiros como os piores dias da sua historia.
Ainda a recuperar do trágico fogo do passado dia 16 de
outubro 2017 os habitantes de Pardieiros vão voltando ao trabalho quotidiano.
Nota final:
Ao contrario da informação dada nos meios de comunicação social pelo
Senhor Presidente da Republica (Marcelo Rebelo de Sousa), que foi mal informado
pelo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Carregal do Sal "Rogério Abrantes " (Presidente da
proteção civil do concelho), na aldeia de Pardieiros ficaram destruídas
totalmente três casas de primeira habitação e mais algumas danificadas.
Três casas de segunda habitação e catorze devolutas totalmente
destruídas, alem de vários anexos, armazéns, terrenos agrícolas, olivais, vinhas,
matas, aviários, e equipamentos agrícolas.
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