Tragédia do incendio no dia 16 de outubro de 2017

       

 O INFERNO DESCEU À TERRA E PASSOU EM PARDIEIROS

Noite de domingo para segunda-feira, por volta das 2:00 da manhã suou o alarme. A população de Pardieiros é informada que o fogo vinha na sua direção. 

Por volta das 3:00 da manhã, o fogo entrava em Pardieiros, e avançava com muita velocidade do lado direito e do lado esquerdo da Aldeia, queimando tudo. A floresta de um dos lados de Pardieiros partilha com as casas e a preocupação dos habitantes era muita. Começava o alvoroço, ouviam-se gritos, a aflição era enorme, enquanto as chamas passavam com uma dimensão que não há palavras nem imagens que consigam descrever o que se estava a passar.

Ninguém podia socorrer ninguém, a preocupação de cada um era salvar os seus próprios bens.

Todos com mangueira na mão, a apagar os focos de incêndio que iam acendendo em volta de suas casas, as fonas de fogo eram aos milhares trazidas pelo vento, onde pousavam deva-se mais um inicio de um fogo.

O fogo passa a reta da Rua Miguel Bombarda e acalma. Sem avaliar os estragos, e depois de se verificar que todos os vizinhos estavam bem, começa nova aflição. Precisava-se saber também se quem optou por sair da aldeia e refugiar-se em aldeias vizinhas estava bem. Os telemóveis não param, mas a rede móvel começa a falhar e a preocupação aumenta mais uma vez. Alguns populares ao deslocarem-se para o centro da aldeia, a cada passo, surgiam mais focos de incendio. 

No centro da Aldeia, depara-se com a primeira casa de primeira habitação toda em chamas. A preocupação é verificar se estava lá alguém, felizmente não. Surgem mais habitantes e começam a tirar os bens das casas ao lado. Uns metros depois e o cenário era desolador. Varias casas do centro da Aldeia de Pardieiros estavam a arder (AS PESSOAS PÕEM MÃOS À CABEÇA E PENSAM “O QUE É ISTO! O QUE ESTA ACONTECER? ESTAMOS NO MEIO DE UM INFERNO DE CHAMAS”) mais populares se juntam e começam o percurso em todas as ruas para saber se toda a população estava a salvo. Mais duas casas de primeira habitação estavam a arder na Rua do Cortinhal.  Tudo ardia em redor e o fumo era muito, vários focos iam aparecendo, muita aflição nas horas seguintes em qualquer das ruas de Pardieiros, uns a salvar a sua casa, seus bens, outros aflitos para chegarem aos seus animais que se encontravam nas fazendas. Um caos até ao amanhecer, o rastro de destruição que tinha passado pela aldeia era imenso. 

Tudo queimado. O desanimo e o cansaço da população que tinha combatido o fogo durante toda a noite estava estampado em cada rosto. 

Durante o dia e noite seguinte, mais umas casas arderam, a população uniu esforços evitando mal maior, usando pulverizadores nos tratores, populares com baldes, etc. Quando tudo parecia terminado, na terça-feira à tarde mais duas casas começam a arder, tendo mesmo que a corporação de bombeiros voluntários de Cabanas de Viriato colocar um carro de bombeiros de piquete mais de 24 horas em Pardieiros.

Estes dias ficarão na historia dos habitantes da aldeia de Pardieiros como os piores dias da sua historia.

Ainda a recuperar do trágico fogo do passado dia 16 de outubro 2017 os habitantes de Pardieiros vão voltando ao trabalho quotidiano.

Nota final:

Ao contrario da informação dada nos meios de comunicação social pelo Senhor Presidente da Republica (Marcelo Rebelo de Sousa), que foi mal informado pelo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Carregal do Sal  "Rogério Abrantes " (Presidente da proteção civil do concelho), na aldeia de Pardieiros ficaram destruídas totalmente três casas de primeira habitação e mais algumas danificadas.

Três casas de segunda habitação e catorze devolutas totalmente destruídas, alem de vários anexos, armazéns, terrenos agrícolas, olivais, vinhas, matas, aviários, e equipamentos agrícolas. 



































































































































1 comments:

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20 de novembro de 2017 às 08:40 ×

Força e coragem.
Abraço solidário.

Obrigada Sérgio Nunes pelo seu comentário
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